Os homens estão cada vez mais vaidosos e preocupados com sua aparência. A calvície é um incômodo para muitos deles e acaba mexendo com a autoestima e autoconfiança. Mas, apesar da calvície ser mais comum nos homens, ela pode atingir ambos os sexos.
Os fatores que causam a queda progressiva dos cabelos são, por exemplo:
- Genética (herança familiar/ calvice androgenetica),
- Hormonal (aumento relativo ou absoluto da testosterona),
- Emocional (estresse, depressão, ansiedade, entre outros),
- Local (excesso de oleosidade, seborréia, sequelas de cicatrização, etc).
Ao contrário de que se pensa a calvície não é uma queda repentina dos cabelos. Portanto, não há possibilidades de ficar careca da noite para o dia. Para as pessoas que tem calvície o que acontece é a chamada miniaturização progressiva dos fios, ou seja, a transformação dos fios grossos em fios finos e cada vez mais curtos, chamados de velus ou penugem.
Fisiologia do cabelo
O cabelo tem um período de crescimento chamado de fase de anagênese que dura mais ou menos um mês e varia de pessoa para pessoa de acordo com suas características genéticas e etnia. Depois, entra num período de estase e, a seguir, num período de involução bastante rápido conhecido por catálise, em que o pelo acaba se soltando e caindo. Geralmente, a duração de um fio de cabelo do nascimento até a queda, é de aproximadamente um ano e meio ou dois anos.
Vale lembrar que, os fios de cabelo são renovados por várias vezes. O interessante é que, quando jovens, perdemos em torno de 100 a 150 fios por dia, o que confunde muita gente, porque os livros dizem que isso é normal. Então, as pessoas com queda de cabelo se põem a contar os fios que caem e acreditam estar na faixa de normalidade, o que nem sempre é verdade.
O importante é procurar um profissional especializado o mais cedo possível, para saber se o problema pode ser tratado simplesmente como uma queda de cabelo ou se requer outros tipos de tratamentos, como por exemplo, uma intervenção mais especializada como a cirurgia capilar.
Tratamento clínico ou cirúrgico, qual a melhor opção para mim?
Sem tratamento a alopecia androgenética (AAG) é progressiva. O uso de perucas, entrelaçamentos ou qualquer outro método de cobrir a calvície apresenta além das desvantagens estéticas evidentes riscos de desenvolvimento de micoses do couro cabeludo e várias outras complicações.
Atualmente, existem vários tratamentos clínicos e opções de técnicas cirúrgicas para ajudar o paciente a se livrar da calvície. Mas, quem poderá indicar o tratamento correto de acordo com o seu caso é o médico especialista.
Tratamento clínico:
O tratamento clínico da calvície possui como objetivos a diminuição do DHT, o dihidrotestosterona, hormônio responsável pelo afinamento dos fios e pela calvície, e/ou a inibição dos receptores androgenéticos.
O tratamento da calvície com medicamentos e procedimentos visa estimular o crescimento e aumento do calibre dos fios comprometidos. A duração e perspectivas de melhora dependem do grau de evolução do quadro e da resposta individual ao tratamento da calvície. Mas os resultados só costumam ser percebidos após 3 meses de tratamento. É importante salientar que os fios que já não crescem mais há um tempo não são possíveis de recuperar, apenas os fios que estão alterados, portanto o melhor é iniciar o tratamento o mais rápido possível.
De maneira geral, quando há rarefação capilar sem o couro cabeludo estar completamente liso é possível que o tratamento clínico possa ser indicado.
Tratamento cirúrgico
O transplante capilar é o procedimento cirúrgico em que há extração de folículos capilares de um local do couro cabeludo chamado de área doadora e transferido para regiões calvas ou com rarefação capilar.
As duas técnicas mais conhecidas de extração foliculares são a FUT e a FUE. Veja a diferença entre as duas técnicas:
- FUT (Follicular Unit Transplantation): nesta técnica retira-se uma faixa de pele do couro cabeludo, de onde então serão extraídos os folículos. Geralmente, esta faixa é retirada na região da nuca do paciente, ou seja, há corte.
- A FUE (Follicular Unit Extraction): esta técnica consiste na retirada individual da unidade folicular, contendo de 1 a 4 fios de cabelo cada, diretamente do couro cabeludo, sem cortes. Na FUE, essa retirada pode ser feita pelo cirurgião de forma manual ou, mais recentemente, pelo robô Artas.
A melhor indicação do transplante, seja pela técnica FUE ou FUT, é para pequenas áreas com completa ausência de cabelos. É o caso das “entradas” ou para quando há avanço da calvície na linha frontal de implantação dos cabelos, fazendo com que se tenha a impressão que houve aumento da testa.
Áreas de calvície extensas, doenças inflamatórias e autoimunes em atividade, ou quadros de rarefação difusa, mais frequentemente observado em mulheres, são alguns exemplos em que os transplantes não costumam ter resultados satisfatórios.
Quem tem indicação para realizar cirurgia para calvície?
Pessoas que tenham sofrido perda permanente de cabelos pode ser um candidato à cirurgia para calvície, incluindo:
- Homens apresentando calvície hereditária masculina;
- Mulheres com calvície hereditária feminina;
- Pessoas com áreas de cicatrizes por acidentes ou por doenças;
- Pacientes que sofreram queimaduras no couro cabeludo dependendo da área doadora e da área receptora do micro transplantes capilar;
- Pessoas que desejam aumentar a densidade ou restaurar suas sobrancelhas, cílios e barba;
- Homens e mulheres que desejam ter cabelos ou pelos em áreas rarefeitas.
Pacientes a partir dos 25 anos, já podem fazer esta cirurgia, geralmente quando a calvície começa a se manifestar.
A escolha da área doadora
A escolha da área doadora é feita de maneira cautelosa, pois há o risco de a região escolhida também ter propensão à miniaturização dos fios, o que levará ao retorno do problema. Portanto, para que a escolha seja assertiva, os critérios que são levados em conta são a quantidade de folículos com três fios na região, a distância dos folículos capilares e a elasticidade desses fios, para que o resultado final seja uma área mais cheia.
Tempo cirurgia e anestesia
A cirurgia com a técnica FUT dura entre 5 ou 6 horas, de acordo com as unidades foliculares obtidas. Já a técnica com FUE é mais demorada, geralmente levando de 6 a 10 horas.
É realizada uma anestesia local, semelhante a usada em dentistas, e uma leve sedação somente para não ter nenhum incomodo no momento da anestesia. No final do procedimento o paciente já está totalmente acordado.
Processo pós-operatório
Ao final da cirurgia é realizada a lavagem dos cabelos e não há necessidade de fazer curativo e o período de internação é de 4 a 6 horas.
Nas primeiras noites é recomendado que o paciente durma com dois travesseiros, isso para manter a cabeça mais elevada e melhorar o inchaço pós-operatório. O inchaço é causado pela infiltração de uma solução anestésica e pela manipulação cirúrgica.
O paciente pode apoiar a cabeça, inclusive a área doadora, mesmo com os pontos. É importante evitar apoiar a área que receberam os cabelos. Os cabelos devem ser lavados com muito cuidado e delicadeza entre 24 a 48 horas após a cirurgia. Embora a lavagem seja simples e realizada pelo próprio paciente, é comum grande preocupação nesta fase.
Resultado
Geralmente, em torno de 3 a 4 meses os cabelos transplantados começarão a crescer e levará em torno de um ano para que se tenha o resultado final da cirurgia. Mas este crescimento gradual dos fios ajuda a dar um aspecto totalmente natural ao pós-operatório.
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Dr. Alexandre Marcondes
Cirurgião Plástico em Belo Horizonte – Hospital Dia ProPlastica
CRM: 11209 / RQE: 8680